segunda-feira, 23 de abril de 2007

daqui ninguém leva nada
tá tudo estragado, cinza, sujo
é todo armado concreto
é tudo concreto, duro, incompleto
não há espaço pra sonho

devaneios escassos

ninguém parece comigo
neste vagão apertado
ninguém veio do mesmo lugar
eles são feios e estão cansados
alguns se salvam; outros são barulhentos
alguns empurram, roubam
ignoram e passam. apressado.

o que me prende nesse amálgama inóspito?
que desquite socializado. daí lembro
da rua, do futebol, dos amigos
das garotas, e perto da sombra de
um prédio, ainda bate um sol, que dora
minha face, e sinto que são paulo
é dura, mas nenhum amor é fácil.

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